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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

.o que você guarda nas suas amígdalas?.

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Leia este post ouvindo 'society'



Hoje eu tô aqui escrevendo na mesa 1 e ouvindo ‘society’. O texto está meio longo, eu sei. Então quem não quiser ler até o final pode clicar em ‘preguiça de ler’ e voltar mais tarde. No problem. ;-)

Hoje é um dia ‘daqueles’, não só pelo dia meio ‘indefinido’ que está em Porto Alegre [ um sol meio ‘encabulado’, que não se decide se sai ou não sai, se vem ou não vem ], mas porque hoje é o aniversário do meu pai. Quem me conhece, sabe [ e quem não me conhece já vai descobrindo um pouquinho mais de mim ] que só há um assunto no mundo que me desestrutura por completo: justamente esse.


Mas o que as amígdalas tem a ver com tudo isso? Eu explico:
Nós temos duas mentes, a que raciocina e a que sente, o que popularmente dizemos ‘cabeça’ e ‘coração’. Uma é consciente, atenta, capaz de ponderar e refletir, a outra é impulsiva, poderosa e, às vezes, Ilógica. Na maior parte do tempo elas operam em harmonia: os sentimentos são essenciais para o pensamento e vice-versa. MAS há momentos em que a mente emocional assume o comando e esse equilíbrio se desfaz.
E as amígdalas? Pois é. Um neurocientista chamado Joseph LeDoux descobriu que a amígdala cortical [ não é a amígdala da sua garganta, pelo amor de Deus ] desempenha uma função muito importante no cérebro emocional e pode assumir o controle sobre o que fazemos quando o cérebro pensante [ o neocórtex ] ainda não tomou uma decisão.
Sabe aquela atitude impulsiva que você tomou, que, pensando friamente, você nunca faria daquele jeito? Pois é, quem fez isso foram suas amígdalas.
Isso é uma descoberta recente, porque antigamente a neurociência pensava que a informação ia a partir do olho, ouvido e outros órgãos sensoriais para o tálamo e depois para o neocórtex... a partir disso vinha nossas reações. A descoberta desse neurocientista aponta que, algumas vezes, a informação é desviada do tálamo para as amígdalas e aí vem nossa reação (impulsiva), sem chance da informação ser processada pelo neocórtex.
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Mas tudo isso escrito acima é apenas para dizer que as nossas amígdalas abrigam lembranças, impressões emocionais  e um repertório de respostas que um dia interpretamos sem compreender muito bem porque o fizemos. Essas memórias emocionais ficam guardadas nas nossas amígdalas.
Então é isso. Nesse dia 10 de outubro fica aqui registrado o meu recado:
Pai, você estará para sempre guardado nas minhas amígdalas.
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E você, o que guarda nas amígdalas?
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17 comentários:

  1. Carla,

    Pra ti, hoje:

    Acende um incenso e pega energia do sol e veste uma camiseta branca recém passada... [mandinga? não! só a sensação das coisas simples!]

    Dias Society, são dias Society e não tem jeito... eles são vividos na intensidade, seja da emoção que for: saudade, amor, tristeza, alegria...

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  2. Carla, eu não entendi bem qual o teu sentimento em relação ao que escreve. De qualquer forma, acho que os pais, em maioria, acabam sempre guardados nas amigdalas e de forma negativa, infelizmente. Todo mundo tem trauma de pai, gente!

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  3. A gente ama o pai mas em algum momento da vida ele nos fez sofrer... pode ser uma coisa bem pequena, mas a gente não esquece! Bom, acho que hj em dia isso é menos comum. Salve os novos pais!

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  4. Ultimamente não tenho guardado quase nada, aprendi que falar o que penso é bem melhor, no máximo guardo dez minutos.

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  5. Não, Tati, não é trauma.

    É saudade... saudade daquilo que eu vivi e não vivi.

    Nas amígdalas a gente guarda tudo que foi significativo...

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  6. Carla, já falamos de amígdalas uma outra vez, né? (ou será um super Déjà vu?!?!)

    As minhas amígdalas, pelo menos as da garganta, eu arranquei quando era pequeno.. acho que arrancaram junto algumas das lembranças do meu pai... pois raríssimamente penso nele.

    Mas quer saber o melhor: tô tri bem assim!

    Como diz a Tati: “Keep calm and carry on”

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  7. Ritaaa, valeu pela dica!

    Hoje saí de verde... que é uma cor que eu gosto.

    Mas gostei da dica do branco! :)

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  8. Pablo, já falamos na amígdalas sim, mas não aqui no vezenquando [ eu acho ].

    Quando eu penso nesse assunto, minhas amígdalas são acionadas e a minha mente emocional assume o comando. :)

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  9. To aqui pensando no que eu guardo nas minhas amigdalas......

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  10. Claro...tem lembranças boas e ruins, coisas que preferia esquecer e outras q vivo lembrando, isso traz um pouco de melancolia e um certo conforto emocional.

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  11. Assunto pra lá de interessante e muito inteligente... Felizmente, minhas amigdalas guardam as coisas boas que já vivi ontem e hoje... As ruíns, prefiro enterrá-las, pois me trouxeram muito sofrimento...

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  12. É só para deixar registrado...

    Sabe-se lá quando uma data importante assim cairá justamente no dia da minha mesa. :-)

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  13. Então, nunca concordamos cento por cento com nossos pais, eu sei disso... comigo foi assim tbm e tenho certeza que é e será assim com os meus filhos... em algum momento da vida, o que pra um pai pode ser bobagem, para um filho pode ser o fim do mundo. Um Feliz Natal não dado, um aniversário esquecido, enfim... tenho certeza que os filhos também pecam em alguns momentos com os pais, mas pode crer Carla, o amor que ele sente por ti, é único, embora a distância e o tempo.

    #ficaadica:

    Liga pra ele/ou vai lá, coloca isso pra fora, expõe o que tens guardado nas amídalas enquanto há tempo... tive vária oportunidades de dizer eu te amo pro meu pai e não disse, ahora es tarde = (

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  14. Pois é... mas o meu pai não errou nada comigo... nem teve tempo de errar.

    Isso tudo é saudade mesmo. :o) Saudade de um tempo que eu não vivi.

    Infelizmente nem tudo que eu gostaria de falar, eu consigo. Tem coisas que saem das amígdalas cerebrais e trancam nas amígdalas da garganta. :D

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